mais um esforço para comentar. São igualmente bem-vindas as propostas de alternativas.
Havia um velho que disse: - Quietos!
Distinguo um jovem pássaro nos arbustos!
Quando disseram: - É pequeno?
Ele respondeu: - Nem por isso!
É quatro vezes o tamanho dos arbustos!
Havia uma jovem dama de Tyre,
Varria as ruidosas cordas de uma lira;
Ao som de cada varredela,
Extasiava a vastidão profunda,
E encantava a cidade de Tyre.
Havia uma dama cujo queixo
[Se] Assemelhava-se à ponta d’um seixo;
Mandou-o afiar,
Comprou uma harpa,
E tocou várias melodias com o queixo.
Havia um velho de Kilkenny,
Que não tinha mais que um centavo;
Gastou-o então, em cebolas e melão,
Aquele caprichoso velho de Kilkenny.
Havia um velho de barba,
Sentou-se num cavalo que empinava;
Alguém disse: - Não se rale!
Não vai cair mal,
Seu propício velho de barba!
Havia uma dama em Portugal,
Tinha uma excessiva mania naval;
Subia às árvores p’ra ver cada dia
O estado do mar ,
Mas dizia, que nunca iria deixar Portugal.
Havia uma dama de Welling,
Cujos louvores toda a terra cantava;
Tocava a harpa,
E por vezes apanhava uma carpa,
Aquela dotada dama de Welling.
Havia um velho de Kamschatka,
Que tinha um rafeiro notávelmente gordo;
O seu andar e bambolear,
Eram exemplares,
P’ra todos os rafeiros gordos de Kamschatka.
Comentário:
Estes poemas nonsense, de Edward Lear, foram um pouco complicados de traduzir. Mas acho que poesia é sempre bastante dificil de traduzir, pelo menos sem se perder muito da sua beleza original. Decidi manter os nomes originais (exemplo: Tyre) na língua de partida, e também tentei manter a estrutura do limerick, mas acho que não foi muito bem conseguido da minha parte. Tive dificuldades na tradução de várias expressões ou palavras, os mais problemáticos sendo: no primeiro verso, do primeiro poema, a palavra “hush!”; depois no segundo poema, o verso “she enraptured the deep” foi bastante dificil; no quinto poema (da página 32) tive várias dificuldades em traduzir “Never mind! You will fall off behind” - a minha escolha de tradução foi mais virada no sentido de manter a estrutura da rima; depois, por fim, o poema da “dama de Portugal” foi traduzido com a ajuda de uma tradução já realizada por Vera Pinto e Luis Manuel Gaspar; alterei algumas coisas com a intenção de esta manter o ‘tom’ das minhas outras traducões dos poemas de Edward Lear.
it is very difficult to translate limericks, just because they have a certain rhythm=metrum and many realia. those are the elements which makes the limericks funny and original. unfortunately the realia, mostly names of places are the last word of the phrase. the last word of the next phrase should rhyme with this word. should you keep this name/realia? this is difficult because you will often change the meaning of the whole poem. should you put priority in keeping the original meaning or in the metrum scheme? it is difficult both in many cases
ResponderExcluircherissa