É verdade, nestes últimos anos tenho vivido
a rever-me no acto de perda – a arte de perder,
chamou-lhe Elizabeth Bishop, mas para mim não há arte
apenas cerimónias mal sucedidas
actos do coração forçados a questionar
os seus efeitos neste mundo os seus meros estimulos
actos do coração forçados a comparar
todos os seus instintos com a dor
actos de partir tentar largar
sem desistir sim Elizabeth uma cidade aqui
uma aldeia ali uma irmã, companheira, gata
e mais não há arte nenhuma nisto apenas raiva
Nenhum comentário:
Postar um comentário