domingo, 19 de setembro de 2010

Apresentação de excertos de Williams e Chesterman, THE MAP (2002) por João Brás e Rui Gomes

Capítulo 3
Segundo o estudo de Jenny Williams e Andrew Chesterman podemos distinguir três tipos de Modelos Teóricos da Tradução.

O Modelo Comparativo centra-se, acima de tudo, numa relação de equivalência entre o texto de partida e o texto de chegada. Há uma preocupação com o alinhamento entre as línguas.

O Modelo de Processo, como o nome indica, centra-se na tradução como um processo, e baseia-se em certos modelos de comunicação, como por exemplo o típico modelo emissor-mensagem-receptor. Este modelo estabelece uma sequência lógica no processo da tradução. O tradutor reproduz um texto semelhante ao original, mas faz umas pequenas modificações com a intenção de fazer sentido para os leitores.
Don Kiraly (2000), A Social Constructivist Translation Classroom


No Modelo Causal a tradução varia consoante a experiência do tradutor e as condições em que o tradutor tem que apresentar o seu trabalho. Neste modelo existem três tipos de componentes. A primeira refere-se à capacidade cognitiva, estado emocional e posição do tradutor quanto ao tema a ser abordado. A sua experiência pessoal influencia, portanto, a tradução.

Em segundo lugar há que ter em conta as condições em que a tradução é requerida, aqui o tipo de texto de partida, as instruções específicas do cliente, dicionários utilizados e até o prazo de entrega da tradução são factores externos que alteram o produto final.

Finalmente, o tradutor é afectado pela componente socio-cultural, ou seja, tradutor deve sempre elaborar o seu trabalho tendo em conta o sexo, idade, religião, opinião política etc., do seu público-alvo. Todas estas variáveis ajudam a perceber do porquê de um texto nunca ser traduzido da mesma forma por dois tradutores diferentes.

Capítulo 6
Relações entre variáveis

6.1 O conceito de  relação é introduzido com o exemplo do abanar da cauda do cão e do gato. Ambos o fazem, mas por razões diferentes. É, por isso, necessário relacionar o abanar da cauda com a situação em que os animais se encontram.

6.2  Entendendo o conceito de variável como sendo algo que nunca é apresentado da mesma forma ou maneira (ou seja, que varia), os autores continuam com o mesmo exemplo, ao relacionar duas variáveis, o abanar da cauda e o ambiente que pode influenciar o animal.
Os autores consideram três tipos de relações: Casual, correlação (duas ou mais variáveis relacionadas directa ou indirectamente), e ocasional.

6.3 Aqui, Chesterman e Williams aprofundam o conceito de variável, dividindo-o nas variáveis relacionadas com o texto, que se baseiam no estilo e sintaxe; e nas variáveis relacionadas com contexto, que se desdobram em muitas condicionantes, que vão desde o tradutor e a sua condição, aos aspectos socio-culturais

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