segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Poema de Jeff Childs, "Herbarium" (para aula de 6 de Dezembro)

a proposta das colegas Isabel e Margarida já está na plataforma. Leiam e comentem.

Herbarium






 And the scent of orange blossoms wafting above these cobblestones darkened with spit and excrement
And the linden trees with their hushed vowels of heartbreak
And the weeping jacaranda at your window that comes alive overnight and leaves you speechless for a month, until its petals lay limp and faded at your feet
And the barren maple on your terrace that tells you you can never take root here, and the fiery rise of its three-fingered leaves
And the fig tree heavy with fruit ripe for the tasting and the knowledge of desire, and desire’s shoots, drawn out over thousands of years
And the cork trees stripped and numbered and standing alone in their own shadows
And the creeping vines that bury the slaked lime walls of the centuries in their green
And the slender leaves and pale blue flowers of rosemary that lie trampled every Easter on the granite steps of the church
And the cherry blossoms’ perfection of white
And all of these alive in you, and you in them, and a moment in the great spinning of the heavens when the difference vanishes

2 comentários:

  1. Boa noite colegas, deixo aqui uma pequena piada que me enviaram no outro dia e hoje, durante a aula, lembrei-me que poderia explicar o problema da tradução indirecta... bom feriado a todos!

    A diferença entre o Original e a Cópia...

    Um jovem noviço chegou ao mosteiro e deram-lhe a tarefa de ajudar os outros monges a transcrever os antigos cânones e regras da Igreja. Ele ficou surpreendido ao ver que os monges faziam o seu trabalho a partir de cópias e não dos manuscritos originais.
    Foi falar com o abade e explicou que, se alguém cometesse um erro na primeira cópia, esse erro propagar-se-ia em todas as cópias posteriores. O abade respondeu-lhe que há séculos copiavam da cópia anterior, mas que achava bem relevante a observação do noviço.
    Na manhã seguinte, o abade desceu até as profundezas da caverna na cave do mosteiro, onde eram conservados os manuscritos e pergaminhos originais, que não eram manuseados há muitos séculos.
    Passou-se a manhã, a tarde e depois a noite, sem que o abade desse sinais de vida. Preocupado, o jovem noviço decidiu descer e ver o que tinha acontecido. Encontrou o abade completamente descontrolado, com as vestes rasgadas, a bater com a cabeça ensanguentada nos veneráveis muros do mosteiro.
    Espantado, o jovem monge perguntou:
    - Abade, o que aconteceu?
    - Aaaaaaaahhhhhhhhhh!!! CARIDADE... CARIDADE!!! Eram votos de "CARIDADE" que tínhamos de fazer. E não de "CASTIDADE"!!!

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  2. Olá colegas!

    Gostei imenso do que li e de facto, a situação expressa, ilustra de uma forma divertida uma realidade muito grave. Há pouco tempo, num dos ensaios do grupo de teatro de que faço parte, um colega apareceu com uma cópia do texto que estamos a trabalhar: "As três irmãs", de Anton Tchékhov. Para uma primeira abordagem, o encenador dividiu-nos em 4 pequenos grupos e de seguida foi-nos pedido que improvisássemos uma das cenas do texto, a partir da qual tentaríamos desenhar o perfil psicológico dos personagens envolvidos. A todos os grupos foi entregue uma cópia da cena, excepto ao meu, uma vez que me juntei com um rapaz que tinha trazido de casa um livro com o texto completo. E fiz o exercício com o referido colega… foi assustador notar que os perfis psicológicos que tínhamos traçado se afastavam completamente das elações que os outros colegas tinham tirado. Quando no final comparámos os textos, verificámos que eram totalmente diferentes! A cópia do meu colega, nem sequer referia o nome do tradutor, dizia somente: Tradução Bem Tratada do Inglês! (era um livro muito velhinho, comprado nem ele sabia onde!) Pelo contrário a tradução que o encenador tinha dado era da autoria de Nina e Filipe Guerra (tradução directa). Caso seguíssemos a versão do meu colega, daríamos ao público uma noção dos personagens e da própria mensagem do texto, inteiramente distorcida.

    E é assim que se assassinam clássicos!

    Patrícia Moreira

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