segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Comentário de Cláudia F e Joana R à tradução de excerto de Erika Vasconcelos


podem (e devem) fazer o download da parte traduzida pelas colegas aqui: http://elearning.ul.pt/mod/forum/discuss.php?d=4782
Leiam, por favor, de Clifford Landers, as secções sobre as fases da tradução, o problema do "tom" e as "armadilhas comuns".


Tendo como base as etapas de tradução de Clifford Landers, podemos concluir que apenas algumas nos foram úteis; nomeadamente ter um bom conhecimento do TP, determinar a voz do autor, mudanças de tom, levantamento das áreas problemáticas e revisão final do texto. No entanto, contestámos as etapas referentes à consulta de um falante nativo da LP, pois consideramos que em caso de dúvida devemos consultar o autor, que tem um conhecimento profundo da obra.
A principal armadilha de tradução com que nos deparámos foi o receio de omitir partes possivelmente cruciais do TP – visível na caracterização do Elevador de Sta. Justa, pois o TP debruça-se sobre a CC. Inicialmente omitimos a caracterização, porém numa 2.ª leitura compreendemos que era a visão externa de um estrangeiro e por isso decidimos manter a caracterização. Os diálogos apresentam muitas armadilhas, não há nada mais difícil que traduzir a língua falada. Como exemplo disso temos as indicações no meio do diálogo: “I’ve been thinking,” Tito says. “Soon it will be Spring again (…)”. Uma das estratégias utilizadas foi a simplificação na descrição de Fernando Pessoa, “The man wears a fedora and a bow-tie (…)” – uma das opções de tradução seria: “O homem usa um borsalino e uma gravata-borboleta.”, porém achámos ser de difícil visualização e por isso optámos pela versão mais simples. Utilizámos a explicitação ao modificar “perna cruzada sobre a outra” por  “perna cruzada sobre o joelho” para melhor representar a figura.

Um comentário:

  1. As fases de tradução apresentadas por Clifford Landers são muito práticas, quase intuitivas. No entanto, em três delas, quase que é necessário um assessor de tradução! Por três vezes menciona a intervenção de um falante nativo no processo de tradução, algo impossível de concretizar. Já o passo em que sugere a leitura em voz alta, é interessante, para avaliar a sonoridade do texto, nomeadamente, a presença de cacofonias. Rosário Santos-41468

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