sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Factores contextuais e textuais no excerto de Erika Vasconcelos

Olá
já está aqui http://elearning.ul.pt/mod/forum/discuss.php?d=4629
a grelha de elementos contextuais e textuais relevantes para análise do texto que estão a traduzir, excerto de Erika Vasconcelos. Façam favor de usar também esta caixa para partilha colectiva de dúvidas, entreajuda, aprendizagem em conjunto

4 comentários:

  1. Boas, não consigo abrir a grelha para fazer os comentários se algum colega já o tiver baixado agradecia que mo envia-se para este endereço
    marcosbrito@campus.ul.pt.
    com os melhores cumprimentos do vosso colega
    Marcos Brito

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  2. No texto de Erika Vasconcelos há intertextualidade. Tive necessidade de pesquisar a Mensagem de Fernando Pessoa, para por correctamente as diversas citações que foram surgindo ao longo do TP. A primeira (every beginning is unmeant/todo começo é involuntário) condicionou a tradução de “I never meant to be here”, que exigia uma tradução semelhante (usei “a presença dela ali é involuntária”) A última citação de Pessoa no texto, também criou dificuldades, desta vez em decidir como aplicar o itálico: após pesquisa, encontrei a citação no poema D. João, Infante de Portugal (não fui ninguém). Ora, Na LP a citação é usada duas vezes com sujeitos diferentes, mas permanece idêntica ao poema (was not anyone). Mas na LC, isto não é possível (como escrever “o rei não foi ninguém”, mantendo o itálico do texto original, uma vez que a citação já não está igual ao poema? Deveria ter retirado o itálico?
    A tradução ficou cheia de pronomes, desnecessários na LC (em que se pode omitir o sujeito, ao contrário da LP), e os deícticos tornaram-se difíceis de gerir. Tive que escolher quais deveria omitir, e quais manter para tornar de texto mais agradável leitura.
    Fiquei com a sensação de que continuaria a alterar a tradução, se tivesse mais tempo. Cada vez que relia o texto sentia que podia ter tomado outras opções. Mas há um momento em que temos que decidir parar. Fez-me lembrar uma conceituada pintora, falecida recentemente, que, quando terminava um quadro, o colocava uns meses virado para a parede. Chamava a isto a “fase da parede”. Passados uns meses voltava a olhar para o quadro, desta vez com um olhar mais objectivo que lhe permitia melhor detectar os defeitos. Senti que a minha tradução precisava desta fase(mas não de meses, claro!). A quente todas as opções que tomamos parecem ser as mais adequadas.
    Rosário Santos-41468

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  3. Após receber o meu trabalho individual corrigido, percebi, como quase sempre me acontece, que só com o distanciamento do texto (como a colega Rosário já tinha mencionado) é que nos apercebemos de erros ou de partes que poderiam ser melhoradas, que assim que acabamos de traduzir não nos damos conta por mais vezes que se leia o texto.
    Também tive problemas com as citações da obra de Fernando Pessoa, confesso que não li a citação original, mas tentei descodificar por mim mesma, o que não foi muito positivo. Traduzi "... the king who was not anyone" por "... o rei que não foi ninguém.", o que traz uma certa ambiguidade e não estava de acordo com a citação original.
    Outra parte problemática para mim foi na tradução de "... she wakes up startled but pleased", pois, apesar de perceber o sentido contraditório que se pretende expressar, não sabia ao certo como traduzir "startled", pois tinha a ver com medo, sobressalto, surpresa, o que não me pareceu que coincidisse com a sensação de satisfação que aparece a seguir.

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  4. Leila Bettencourt
    41912

    Sabendo que podemos definir a intertextualidade como sendo a criação de um texto a partir de um outro texto já existente e dependendo da situação, esta tem funções diferentes que dependem muito dos textos/contextos em que ela é inserida.

    A intertextualidade está ligado ao conhecimento prévio de outros textos que o leitor/autor têm quando lêm um texto. Na minha opinião, creio que a autora parte do principio que a Mesagem de Fernando Pessoa é do conhecimento do seu publico alvo (luso-americanos) já que a história se passa em Portugal.
    A minha questão é como classificar os execrtos traduzidos de Fernando Pessoa no texto da autora como sendo uma Epígrafe (que constitui uma escrita introdutória) já que no texto que temos acesso é iniciado com um outro tetxto, ou se é definido como uma citação (é uma transcrição do texto alheio, marcada por aspas)

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