domingo, 17 de outubro de 2010

Tradução das cartas restantes do conto de Katherine Vaz - para comentar


Na plataforma moodle poderão descarregar traduções das cartas restantes do conto de Katherine Vaz. Nos trabalhos, questões problemáticas de tradução vêm assinaladas com as cores do costume. Pede-se a todos os colegas que identifiquem alguns dos problemas e os comentem, como prática ao comentário que terão de fazer ao vosso próprio exercício de tradução no teste.

3 comentários:

  1. Ao traduzir a carta da página 24 à 29, deparámo-nos com alguns problemas, nomeadamente a nível lexical, pois são utilizadas palavras associadas a um registo informal que não têm um equivalente em português. Muitas das vezes tivemos que optar por um vocábulo que, apesar de não ter exactamente o mesmo significado, se encaixava no mesmo campo semântico. Foi o caso de “ticklish” que traduzimos como “engraçado” e de “brisk” que foi traduzido por “energético”.
    Outro dos problemas recorrentes foi ao nível da morfo-sintaxe. Neste texto são utilizadas frases muito extensas que em inglês funcionam perfeitamente, mas, quando traduzidas para português, tornam-se confusas e de difícil manutenção. Vimo-nos forçadas a adulterar a ordem das palavras na frase e a utilizar expressões idiomáticas, de modo a manter o sentido do texto de partida. Aqui deixamos alguns exemplos relativos a este problema:

    1- “I was assigned to write an article for the International Herald Tribune about what the survivor of the Fátima event makes of the Vatican releasing this year the notes she was ordered to set down in 1944 of the so-called secret message from 1917.”

    Fui destacada para escrever um artigo para o International Herald Tribune sobre a reacção da sobrevivente do milagre de Fátima quando o Vaticano revelou, este ano, os apontamentos, referentes à chamada mensagem secreta de 1917, os mesmos que lhe foram proibidos de escrever em 1944.

    (Neste caso, houve modificação da ordem das palavras no final da frase.)


    2- “I have no idea what it was all about, but now it’s like a screen dropped over my vision.”

    Não faço a menor ideia do que se tratava, mas, agora, é como se tivesse caído o pano.

    (Neste caso, houve utilização de uma expressão idiomática.)

    Qualquer dúvida referente à nossa tradução ou ao nosso comentário, teremos todo o gosto em tentar ajudar.

    Ana Cavalinhos
    e
    Sara Cunha

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  2. Sugestões/comentário à vossa tradução.
    Tomei em linha de conta o que está assinalado na tradução.

    Quanto a "brisk", que é um adjectivo, acho que se pode traduzir por outro adjectivo, neste caso "enérgica e eficiente".
    Mas aqui também não ficaria mal " ter dado a impressão de ser activa e eficiente".
    Quanto ao "Ticklish stuff" acho que não tem nada a ver com "engraçado", mas sim com o facto de ser um assunto sério, melindroso, delicado, susceptível, por aí . . .
    Em "Eu e os meus irmãos temos ido aqui e ali" talvez, "eu e os meus irmãos sempre andámos por aí".
    Tempos verbais - o problema do Past Simple e do Perfect, traduzir para português.
    Em "o meu pai foi um engenheiro químico" este past simple traduzir por "era um engenheiro químico", utilizar o pretérito imperfeito, uma vez que isto pertence a um passado remoto.
    Em "escrevia" , que também está assinalado, penso que deve ter a ver com o tempo verbal, sugestão "Costumava escrever legendas . . ."

    Traduziram "halfway" por casa de "reabilitação". Reabilitação tem a ver com, sítio para onde vão pessoas doentes. Aqui estão freiras, não são necessariamente pessoas doentes.
    A verdade é que também não faz sentido "meia casa". Se calhar é melhor ficar só por "casa" ou "sítio".
    Realmente há frases aqui que, de tão longas, se tornam complicadas e confusas, necessariamente teria de haver troca de ordem de palavras nas frases, etc.

    Paula

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  3. Comentário às observações da professora Margarida (tradução das páginas 15 a 18, da Vera e da Susana):
    -na aula em que discutimos o título do livro da Katherine, sugeri "Todas as marés rugem...", mas não foi aceite pela professora, daí termos optado por "Todas as marés se revoltam..." para manter a ideia de agitação;
    -cable cars, traduzimos por teleféricos porque é esse o significado que encontramos no Dicionário de Inglês-Português 5ª edição da Porto Editora;
    -optámos por não traduzir Memoir para manter a elegância da palavra francesa e também uma certa ironia;
    -itálico, foi-nos dito, por docentes, que os nomes estrangeiros escrevem-se em itálico.

    Propostas de alternativas para:
    -(Alice e Maria) - (a Alice e a Maria);
    -como me foi dito - como me é dito;
    -Irmandade - Freira;
    -roupas de fantasia - roupas decoradas;
    -juntas com - pregadas com contas;
    -excitaram-na - entusiasmaram-na/fizeram-na vibrar/arrebataram-na.
    -podámos - um perfeito disparate, um descuido e excesso de confiança no corrector ortográfico.

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