-->
1º
- Análise preliminar para decidir se este vale a pena ser traduzido.
2º
- Análise exaustiva do estilo e do conteúdo para determinar o que define este
texto como literário e não como qualquer outra coisa.
3º
- Acomodação ao texto compreendendo-se a origem deste.
4º
- Reformulação do texto e sua transposição verbal, frase a frase, na língua de chegada,
muitas das vezes alterando-se primeiras análises erróneas.
5º
- Análise da tradução, a qual é corrigida (nunca menos de três vezes e com
intervalos entre elas) pelo tradutor que, com a sua voz crítica, avalia a tradução
tendo em conta o contexto cultural bem como o público-alvo e a sua função.
6º
- Revisão e comparação por uma outra pessoa que esteja familiarizada com o
texto de partida e que consiga compreender se os efeitos e funções foram
alcançados
II. Processo de transposição de texto dramático para texto de representação (contando com encenação e caráter provisório do espetáculo) - caso se decida pela adequação do texto para ser levado à cena. Alternativas (p. 145)
1. Seguir (ou adaptar) uma edição publicada de texto de representação.
2. Produzir o próprio texto de representação.
3. não seguir nenhum texto de representação prévio, abrindo espaço ao debate de ideias, ensaios e experiências do grupo de teatro
4. Combinar a terceira hipótese com a primeira ou a segunda.
p. 145: várias acepções de tradução (145-146, adaptado)
- interlinguística
- intercultural
- inter-periódica (de uma época para outra)
- inter-géneros e estilos (da prosa para a poesia, ou do realismo para o expressionismo)
- intermedial - do livro ao palco ou à TV ou à faixa de música
- multimodal (misturando o género musical com o teatro, por exemplo - a ópera)
- do conceito ao "happening"
- do verbal ao não-verbal (lembre-se a importância da linguagem gestual, cinética, e simbólica - de cores, vestuário, luz - em geral no teatro)
- inter-grupos (amadores, profissionais, atores de cinema ou teatro...)
- inter-públicos (do infantil para o adulto)
Aspetos específicos à tradução do drama
Diz-nos Zuber-Skerritt que um texto de representação deve ser representável e dizível (speakability). Dizemos nós (a prof. e umas coisas que leu), que:
- o respresentável pode incluir gestualidade, interação entre personagens, tipos de frase e orações, referencialidade textual, e ainda sugestividade cénica, captação do público.
- o dizível relaciona-se mais com características de oralização e articulação (evitar cacofonias, palavras longas com vogais fechadas, atenção aos dialetos, idioletos, etc.), mas também com respiração (breathability)
Nenhum comentário:
Postar um comentário