segunda-feira, 28 de março de 2016

T. P. C. para 31 de Março (desafio de tradução)

Tentar traduzir (ainda que à pressa) o excerto do capítulo sete de "Errata" de G. Steiner, que vai desde "I believe that 'theories of translation'" (p. 138 da antologia, 109 do texto) até "richer, more fulfilled than before" (p. 140 da antologia, 112 de texto).
Comentar sobre as principais dificuldades e os seus porquês.


2 comentários:

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  2. A proposta de tradução do texto de George Steiner (1997) foi sem dúvida um desafio, isto atendendo ao facto de, ainda que fosse um trabalho de casa e não pesasse tanto na avaliação, não a realizarmos em grupo nem termos muito tempo para a fazer.


    1) Dito isto, destaco as dificuldades mais relevantes em termos lexicais e semânticos (devido à polissemia e, consequentemente, à incerteza de saber se x é o termo mais adequado a aplicar tendo em conta todo o contexto em que o texto é inserido):

    (1.1) entailing; (1.2) spurious; (1.3) proposals; (1.4) accounts; (1.5) approaches; (1.6) muddled; (1.7) “incursion, rapacity, and profit”.

    Solucionadas por: “envolvido em”; “falso”; “projetos”; “relatos”; “atrapalhado”, “incursão, voracidade e benefício”, respetivamente.

    2) Para além da constatação de que este é um texto formal, informativo e educativo para um público relativamente especializado nesta área (daí a escolha de léxico marcante e carregado de significado), saliento a dificuldade na manutenção da iconicidade, do ritmo e da estrutura frásica em determinadas expressões do tipo:

    (2.1) “pitiable endeavor to ape the good fortune”; (2.2) “fall short of the source-texts”; (2.3) “The high music of Rilke’s Umdichtung all but obscures the domestic warmth and privacy of sonnets of Louise Labé.” (2.4) “But there is also a tristitia that comes, as in eros of too violent and transforming a possession.” (2.5) “Translation is the oxygen of bounded speech-communities and neglected traditions.” (2.6) “which the translator can elicit, release, bring into clarified play”.

    Rendidas por: (2.1) macaquear quase desprezível de boa fortuna ? ; (2.2) está aquém dos textos-fonte; (2.3) A música elevada de Rilke “Umdchtung” obscura em tudo o calor doméstico e a privacidade dos sonetos de Louise Labé ?; (2.4) Porém, existe/há também uma tristitia que surge como um amor sexual ou desejo violento transformando uma possessão ??; (2.5) A tradução é o oxigénio das comunidades de falantes comprometidas e das tradições negligenciadas; (2.6) energias que o tradutor pode extrair, libertar e tornar claras.

    Concluindo: Este é um texto extremamente rico, seja em léxico, em semântica, em expressões italianas, latinas e gregas e que exige uma ginástica por parte do tradutor para não cometermos o que Steiner afirma ser a invasão, o corte, o engrandecimento e o embelezamento do texto original. Ainda assim, este é um texto fundamental em termos de reflexão da tradução já que contem ideias chaves e processos pelos quais um tradutor passa (a crença de que o texto tem um sentido, a agressão, o retorno, etc…) de modo a conquistar uma tradução “que dá ao original uma nova ressonância, uma vida mais longa, um índice de leitura mais abrangente e um lugar mais substancial na história e na cultura”.

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